Falando só dela

Hoje não tem como não falar só da Lia. Primeiro porque amanhã é aniversário dela. Segundo porque ela está tão, mas tão engraçada que merece um post exclusivamente dela. Eu sei que volta e meia escrevo só de uma ou de outra, mas nunca é proposital como hoje.

Essa semana ela andou brincando de ser fotógrafa. Ela já tinha tentado brincar na câmera algumas vezes e mamãe sempre dizendo não, óbvio. Mas dessa vez, comigo perto, deixei. E tive que desligar a ligação que estava para poder usar a câmera do celular e registrar essa descoberta da minha mocinha. Já pensaram se ela vira uma fotógrafa de sucesso e coloca estas fotos num perfil dela em alguma revista do assunto? Rs

Ela quer, cada vez mais, decidir o que usar. Além de todos os seus apetrechos (têm dias que sai com três, quatro pulseiras e, no mínimo, dois colares), ela agora quer ser fashion ao extremo. Resolveu usar roupa de balada para ir à escola. Fala sério, onde ela aprendeu a combinar saia curta com bota? E as cores certas? Demais essa menina! Agora notem o sorriso colgate quando eu falo "dá um sorriso pra mamãe"!

Já posso chorar?

Hoje acordei nostálgica. Hoje acordei com enormes saudades dos meus anos em Brasília. Não de todos eles, mas dos últimos 3, 2001, 2002 e 2003. Anos aproveitados, gostosos, intensos e de boas amizades.

Hoje acordei sentindo falta de amigos daquele tempo. Amigos corretos, participativos, leais. Claro que também tinha uns que não eram essa Coca-cola toda, mas alguns eram tão, extraordinariamente, especiais que valiam o dia.

Sinto falta de quatro amigas em especial. Quatro. Não da mesma turma. E talvez não das que passaram a maior parte desses 3 anos comigo. Mas amigas de verdade, pra valer.

Sinto falta até doer. Hoje chorei por elas. Queria muito voltar no tempo, muito. Voltar àqueles dias e curtir tudo de novo, os passeios, as conversas sem fim, as risadas, os choros. Mas queria mais ainda agregar essas DIVINAS lembranças ao meu, insuperável, presente. E como fazer isso?

Eu preciso, e quero, retomar o contato com pessoas especiais. Perder contato totalmente não foi o caso, mas me afastei. E tenho plena consciência que foi falha minha. Eu me afastei. Infelizmente.

Como eu conversava há pouco com o marido acho que esse é o lado negativo da vida cigana que tanto prezo, eu não tenho raízes. Eu faço um monte de amigos, mas pouquíssimos amiiiiigos mesmo, se é que me entende. E como fazem falta!

Eu, que sempre me julguei uma boa amiga, confesso em caixa alta: FALHEI. Me afastei quando e de quem não deveria, de quem não queria. E agora só me resta correr atrás do prejuízo e tentar retomar do ponto de onde paramos.

Como não comparar?

Não é nem questão de comparar com o intuito de competição. É comparação pura e simples. Se uma era mais gorda, mais magra, mais alta, mais baixa, ria mais, ria menos...

As duas são, aos meus olhos, perfeitas, amáveis, especiais. As duas merecem o mundo e farei o possível para que possam almejar e alcançar os mais longínquos sonhos!

Mas, nesse momento, o engraçado é olhar fotos das duas com as mesmas roupas e, aproximandamente, na mesma idade. (Lia é a da esquerda, uma única foto) Bem diferentes, não estão? Até os olhos arregalados são de formatos diferentes! E notem o roxo no braço da pequenina, resultado dos exames uma semana antes!

Homens x Mulheres

Uma grande amiga postou no Blog dela um tópico que muito me interessa e que eu adoro passar horas conversando. E como eu não posso escrever lá um comentário do tamanho do mundo, cá estou.

Ela falou sobre outras coisas, mas o que mais me atrai é a famosa diferença entre homens e mulheres. Será que ela existe mesmo? Será que somos mesmo de planetas diferentes? Eu acho que não.

Acho que as diferenças entre os sexos são tão, assustadoramente, grandes quanto as diferenças entre pessoas do mesmo sexo. As diferenças, a meu ver, residem na história de vida de cada um, na educação, na cultura. Eu não acho que seja uma questão de gênero.

Conheço mulheres que atacam como homens e homens que sonham com relacionamentos de contos de fadas. Conheço mulheres que têm vários casinhos ao mesmo tempo e homens que são fiéis até debaixo d'água. Sem falar no crescente número de mulheres que mandam e desmandam - financeiramente - na casa, com salários melhores, cargos melhores e que correm atrás de suas carreiras. Posso até dizer que conheço homens que querem ter filhos  e são casados com mulheres que não querem.

E aí? Os homens estão mudando? As mulheres? Ambos? Acho que isso também, mas não acho ser o cerne da questão. Reafirmo que as diferenças estão na personalidade de cada um, independente do gênero. Vocês não conhecem pessoas que te entendem perfeitamente, agem como vocês agiriam e são do sexo oposto? Não conhecem também pessoas do mesmo sexo que agem e pensam de forma oposta a vocês?

Não podemos deixar de lembrar que quanto mais conhecemos o outro, mais percebemos as diferenças. É muito fácil se dar bem com aquela colega de trabalho que adora as mesmas músicas que você, que adora comer no mesmo restaurante que você e que não perde uma oportunidade de bater perna no shopping, como você. Mas comece a passar mais tempo com ela e verá que ela pensa diferente de você com relação a dinheiro  (esse é tema pra outro post) e vocês têm um probleminha de empréstimo de uma pra outra que demora a pagar, ou você vai perceber que ela é extremamente grudenta e ciumenta e inferniza a sua vida se você quiser sair com outra amiga um dia, ou ainda que ela é chata, repetitiva, mal humorada. Rs E ela é mulher como você! E aí?

Se fosse homem você diria que mulheres gastam mais e homens guardam mais, que ele é possessivo e imaturo e não entende que você pode sim ser amiga de outros homens, ou ainda que ele não te ouve, só pensa nele mesmo. Não é verdade?

Diferenças existem entre homens e mulheres. Claro que existem. Existem fisicamente, existem hormonalmente. Mas, acima de tudo, é questão de cultura e educação. Uma mulher criada como homem, e vice-versa, teria seu comportamento muito mais próximo do sexo oposto que o do mesmo sexo.

Enfim, adoro esse assunto. E todos os outros relacionados com comportamento humano. Não é a toa que só gosto de tv na sexta à noite quando o tema do Globo Repórter é comportamental. (Detesto os de natureza, animais, etc)

Mais da mesma!

Quando eu digo que a menina apronta, ninguém acredita!

Ontem fomos dar a volta diária no quarteirão para a Fu esticar suas patinhas e a Lia resolveu se aninhar no cesto do carrinho da Marina. Felizmente esse carrinho não é muito usado, fica em casa e só sai para passeios a pé (nunca, jamais, em tempo algum comprem trambolhão assim!), então a Lia não vai querer repetir a façanha no shopping, no mercado...

Figuraça essa pessoinha!

A boneca da boneca

Adoro ver a Lia brincando de boneca. Adoro. Acho incrível como é instintiva a relação de uma mulher com sua cria. A lia nina, banha, alimenta, troca fraldas e brinca com as suas "filhas". Ela é uma mãezona. Eu sei que não é só instinto, que é (inclusive) principalmente porque ela me tem como modelo feminino. Sei que se ela fosse criada no meio de um monte de homem na Serra Pelada ela não agiria dessa forma. Mas ainda assim me impressiona.

Ontem ela ganhou da Bisa uma boneca na banheira. E se deliciou. Lá na casa da bisa mesmo ela encheu a banheira d'água e se molhou inteira brincando. Depois quis levar boneca e banheira para o chuveiro conosco e passou mais um tempão brincando, pediu até um pouco do sabonete líquido pra lavar os pés da boneca que estava "xujos". Hoje quis brincar de novo, coloquei água e a brincadeira foi na varanda. Ela se deliciou!

Ela está uma graça, cheia de palavras novas, tiradas engraçadas e mais participativa a cada dia. É uma menina bastante independente e eu tenho muito orgulho disso. Ela inventa modas, é super criativa. Ela é, acima de tudo, muito meiga e carinhosa. É uma boa menina. Costuma ser bem educada e, salvo raríssimas vezes, não costuma dar trabalho algum. Eu sei que sou babona, coruja, cega. Mas sei também que minha filha é de ouro. Dizem que foi por ela ser tão boazinha que eu animei para ter outra logo. E é verdade. Ela é um amooooooooooor. O meu amor.