Lilypie Third Birthday tickers

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Lilypie Second Birthday tickers

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Andador - vilão ou mocinho?

Eu sempre fui terminantemente contra andadores para bebês. Sempre soube que fazem infinitamente mais mal do que bem aos pequeninos. Mas, nos últimos dias, andei pensando em comprar um para a Marina. Tudo começou quando coloquei ela naquele carrinho de boneca da Lia e vi o quanto ela gostou de estar ereta. Aí vim debatendo essa questão, de ter ou não ter um, comigo mesma e, às vezes, com o marido. Conheço algumas pessoas que compraram para seus babies e não tiveram problema algum e isso era um ponto positivo para adquirir um.

Felizmente, algum juízo ainda me resta e resolvi pesquisar a respeito antes de comprar, me lembrava de já ter lido que os pediatras eram contra. Achei inúmeros artigos anti-andadores, falando dos possíveis acidentes e do atraso motor que pode trazer à criança. O mais sucinto e completo foi o da  revista Crescer, deve ter sido na minha edição em papel que eu devo ter lido antes. Fiquei chocada ao saber que em alguns países, como o Canadá, a comercialização do andador é proibida!

Mas não serei injusta, tem outro artigo, do UOL, que fala "somente" do risco de acidentes, descartando o atraso motor. Porém "somente" já é o bastante para mim. Fiquei em pânico pensando na possibilidade da cabecinha da minha pequetita batendo no chão com força e velocidade.

Então tirei da cabeça a idéia desse aparato para a minha pequena princesa. Torçamos para que ela se sente logo, já que gostou tanto da posição. Ela tem tentado, incessantemente, em sua cadeirinha vibratória. E assim que agarra nossos dedos, seja no bercinho ou no carrinho, faz toda a força do mundo para se sentar. Domingo ela completará 5 meses, uma moçona já!

Brincadeiras de criança

Eu adoro brincar com as meninas, adoro. Eu sei que a maioria das mães gostam. Ou eu gosto de pensar que a maioria das mães gostam. Afinal, quem não tem prazer em fazer parte do mundo da fantasia dos seus filhotes? Quem não gosta de vê-los curtir, com muito prazer, os momentos ao seu lado? Não, não entra na minha cabeça que tem mãe que não gosta. Aí entro num questionamento mais profundo, tipo, pra que ter filhos? Para cumprir um papel imposto pela sociedade?

Sem julgar os outros quero falar de mim. Adoro sentar com a Lia e brincar. Brincar do que ela quiser. Seja montar quebra cabeças, seja de boneca, de encaixar as peças no cubo. Ela tem adorado brincar de se arrumar, de colocar fitas e presilhas na cabeça e se olhar no espelho... Ela adora brincar de colocar roupa do papai ou da mamãe por cima das dela. E eu morro de rir dessa vaidade. Não sei de onde ela tirou isso, nós não somos excessivamente vaidosos, mas desconfio que a escola dê um empurrãozinho.

Descobri que eles secam o cabelo dela lá depois do banho (não para estimular a vaidade, mas para não ficar com o cabelo molhado no inverno). Descobri que eles brincam com pulseiras. E descobri que eles brincam de salão de beleza! Ontem ela voltou para casa cheia de bobs no cabelo e achando o máximo! Tentou mantê-los no lugar até o papai chegar, mas acho que o peso foi incomodando e ela arrancou um a um. Aí já tinha virado moleca de novo, com a cara mais lambida do mundo!


Outra brincadeira da gente é fingir que ela é a minha nenê, ela adora! Ela adora deitar no carrinho da Marina, se cobrir com a mantinha da Marina e ser a minha pequenina! E adora brincar com a Marina. A Marina é a mais nova boneca dela e a mais divertida já que conversa, ri, chora... A Marina também adora brincar com ela, é impressionante! Marina pode estar resmungando há horas, é só a Lia chegar perto que ela ri, ri mesmo, de gargalhar! Ela conversa com a Lia e segue a irmã com os olhos o tempo todo!

Aproveitando a deixa fiz a Marina de boneca ontem. Taquei a pequetita no carrinho de bonecas da Lia! As duas adoraram, deram risada! Só o carrinho que pareceu não gostar muito, as rodinhas foram abrindo, abrindo... Tive que tirar a caçula antes de uma catástrofe, imaginem ela estatelada no chão abrindo o berreiro e a Lia também chorando por ter quebrado seu brinquedo? Melhor não, né?

Draga

A Lia tá uma draga. Ela come tudo o tempo todo. Tô tendo que segurá-la meeeesmo, senão tô perdida. Felizmente ela quase não come besteiras, ainda não se apaixonou por chocolate e não tem muito acesso a outras porcarias que a mamãe adora. Mas, mesmo comendo comidas relativamente saudáveis, ela come sem parar.

Ela pede suco e leite o tempo inteiro, temos que maneirar na quantidade, enrolá-la, colocar bastante água no suco. E ela ataca qualquer comida à vista. A fruteira hoje está vazia. Mas não por falta de frutas, estas estão alocadas em prateleiras altas da casa. Está vazia para que a Lia não a ataque ferozmente. Juro. O último cacho de bananas que lá esteve teve cinco, eu disse cinco, bananas arrancadas quase simultaneamente. Ela arranca e corre, atacando as pobrezinhas com casca e tudo!

Outro dia estava comendo em frente a tv (péssimo hábito para dar exemplo, eu sei, mas ela come no cadeirão, direitinho) e ela passou correndo, meteu a mão no meu prato, roubou meu bife e enfiou na boca! A vontade que tive foi de gargalhar, mas tive que repreendê-la, infelizmente! Rs No fim permiti que ela ficasse com o bife e comesse, melhor um bife que um pacote de bolachas.

Enfim, ela come e muito. Eu não imagino o que é ter problemas com crianças que não comem. E espero que a Marina vá pelo mesmo caminho da irmã mais velha. Comer comida é saudável. Claro que em excesso nada é bom. Mas acho que, por enquanto, está tudo sob controle!

(Lia devorando os milhos na festa julina do prédio)

Companheirismo

Muitas vezes me pergunto como fazem as mães que são casadas com maridos que não são companheiros? Não estou nem falando de marido e mulher, do companheirismo do casal, mas do companheirismo em família. Do marido fazer muita coisa dentro de casa, do marido ser participativo, de cuidar das crianças, cozinhar, ajudar na casa...

Meu marido, como já falei aqui, é um super marido e um super pai. E eu teria muita dificuldade se tivesse me casado com outro que não participasse como ele. Ou se tivesse casado com ele e ele fosse mais ausente.

Quase todos os dias é ele quem dá o banho da noite na Lia. É ele quem cozinha para a gente. E dá mamadeira pra Marina antes de dormir. Eu costumo acordar de madrugada durante a semana pq ele acorda cedo p trabalhar e eu posso me dar ao luxo de ficar um pouco mais na cama. Mas quando eu estou muito, muito, muito cansada ele me socorre. Como ontem.

E essa noite, depois de um boooooom tempo, eu dormi. Dormi na minha cama por, 7hs seguidas. Fala se eu não tenho que ser muito, muito, muito feliz por ter um maridão assim? Estou novinha em folha. Ufa.

Mais das mesmas

Ontem a Lia teve uma visita em casa, acabou sendo liberada de ir a aula pra ficar brincando a tarde toda. A Kathleen é filha da minha super hiper mega ajudante em casa, tem 7 anos. E fez da Lia a boneca dela, claro. A Lia adorou, apaixonou-se pela nova amiga, não parava de falar "Ke-tí";

Ontem também Marina fez progresso. Agora ela tira a chupeta da boca e recoloca. Uma graça. Claro que para recolocar ela leva horas e, nem sempre, acerta a boca. Mas é muito bonitinho vê-la fazer uma coisa nova. Ela tá crescendo. E eu confesso que não vejo a hora.

Marina dá mil vezes mais trabalho que a Lia deu. Mil vezes. E a mamãe aqui tá pregada, acabada, morta com farofa, como dizem por aí. Meus braços estão para cair a qualquer momento. Tenho certeza que eles se soltarão do tronco. Tudo porque o problema não é acordar a noite, não, isso tudo bem, isso faz parte. O problema é quando ela está acordada e reclamando da vida. Não há posição, leite, água, chupeta, que resolva isso. Ela é reclamona e pronto. Melhora um pouco no colo. Um pouco. Por isso as dores braçais.

Mas ainda assim dá uns sorrisos maravilhosos, uns sorrisos que derretem o coração mesmo da mãe mais cansada do mundo!


Lia Marina

Estava eu brincando num site indicado pela Globo.com quando me deparei com esta belezura! Rs Era pra ser uma bebê que fosse uma mistura minha e do marido, obviamente. E achei que ficou bem parecida com as meninas. A boca é bem diferente das bocas delas. Mas os olhos e o formato do rosto não. Adorei!

Dá pra fazer filhos com celebridades tb, mas pra eu quereria tentar isso se já tenhos as melhores filhas com o melhor marido?

Desmedido amor

Eu não sei se toda mãe tem isso, mas eu tenho uma vontade louca de inalar minhas filhas. Isso mesmo, inalar. Acho que inalando-as guardarei para sempre na memória todos os maravilhosos momentos ao lado delas. Acho que inalando-as elas estarão ainda mais dentro de mim. Ou sei lá o que eu acho, fato é que tenho vontade de inalá-las.

Adoro passar muito tempo olhando para elas. Tento fazer isso com elas acordadas, mas acabo fazendo mais com elas dormindo. Quando estão acordadas interagimos mais. E quando estão dormindo posso me demorar observando todos os detalhes que quiser. E são tantos detalhes, todos tão especiais, todos tão únicos. Todas as noites, depois de colocá-las na cama, depois que meu marido vai dormir, eu vou ao quarto de cada uma e passo algum tempo observando-as, cobrindo-as, amando cada pedacinho delas.

Reparo no sono de cada uma. Vejo se estão relaxadas. Acompanho sua respiração. Observo, atentamente, as pálpebras, os sorrisos noturnos provindos de algum sonho bom. E sofro com elas quando as percebo em pesadê-los, chorando dormindo. A vontade é de pegá-las no colo e protegê-las até disso.

Amor de mãe é mesmo uma coisa de doido. Não posso comparar ao amor de pai. Mas ao de namorada, mulher, irmã, filha, neta. Isso tudo eu posso porque sinto. E não tem amor maior que o de mãe. E olha que eu amo  intensamente algumas poucas pessoas. Amo de doer o coração. Mas amor de mãe é outra coisa. Não tem nada que eu queira mais do que o bem das minhas filhas. Não tem nada que eu deseje mais que vê-las com saúde. Nada. Eu daria a minha vida por elas num piscar de olhos. E caçaria vários leões por dia se disso elas precisassem.

Torço por elas. Sempre. Sou fã número um das minhas pequetitas. E torço, de coração, que elas amem seus filhos infinitamente, loucamente, desesperadamente, como eu as amo. Porque amar assim é um privilégio. É uma honra.

P.S.: Acabei o livro às 3h30 da manhã. Enquanto lia, ri e chorei muito. Muito. Vale a pena. Em especial para as mamães (e talvez papais).

O livro do dia

Estou acabando meu quinto livro do ano (quem sabe ainda alcanço a minha meta?), chama-se Goodnight, Beautiful. E é muito bom. É um romance, como a grande maioria dos livros que leio, mas nem tanto sobre casais e sim sobre homem, mulher, criança, gravidez, doença, coma, tudo ao mesmo tempo agora.

E o livro me fez pensar sobre barriga de aluguel. Não, eu não tenho a menor intenção de emprestar minha pança pra ninguém. Até porque eu não aguentaria. Mas é um dos temas principais do romance em questão.

A pessoa tem que ser muuuuuito desprendida para não considerar aquele bebê como seu e sim dos outros. Tem que ser muuuuuito desprendida para não sofrer para sempre com a perda (pra mim é uma perda). Se vc empresta a barriga para parentes/amigos então, acho que é ainda mais complicado. Vc estará em contato com aquele serzinho, vendo-o crescer, querendo participar da sua rotina, da sua educação. E não poderá. Como assim?

A gravidez é um momento sublime da vida de uma mulher. É uma coisa doida vc pensar que está gerando uma vida, que dali sairá uma pessoinha que crescerá e será uma pessoa completa. Uma pessoa que vc amará incondicionalmente. Amará para o resto dos seus dias acima de tudo e todos. Agora imagina sentir tudo isso e, puff!, a pessoinha não é sua. A pessoinha foi-se embora.

Não. Acho super bonito e legal para quem consegue fazer isso pelo outro. Mas eu não conseguiria.

E por que não adotar em vez de todo esse trabalho pra ter um filho biológico (que é biológico, mas não terá saído da sua barriga, anyways)? Tanta criança linda e pronta para ser amada dando sopa... Eu, por razões óbvias, sou a favor da adoção. Até gostaria de adotar um gurizinho. Mas isso é conversa pra daqui um tempo. Pra daqui a um bom tempo.

Por enquanto só tenho uma certeza, barriga de aluguel: a minha não.

Eu só quero silêncio

Minhas filhas são barulhentas, muito barulhentas. A Lia era uma menininha angelical, daquelas que passava a noite em um restaurante com um monte de adultos e ninguém percebia que tinha bebê junto. Era. Agora ela fica repetindo, a cada 10 segundos, "mamãaaaaae", "mamãaaaaae"! Não chorando, não reclamando, apenas chamando a minha atenção.

A Marina nunca foi silenciosa. Sempre resmungou, choramingou, reclamou. Então eu não podia esperar nada diferente do que o barulho crescendo junto com o número de meses que ela completa. E tem crescido. Exponecialmente.

Ai, Jesus!

Saibam que por vários anos eu dormi com tampões nos ouvidos de tanto que eu gosto de silêncio. Mas eu nunca valorizei tanto o silêncio quanto agora. Eu nunca valorizei tanto a ausência de som de uma biblioteca de respeito. Nunca desejei tanto estar na clausura. Talvez viajar ao Tibet e ficar meditando. Usando a plaquinha de silêncio como no "Comer Rezar Amar".

Enfim, estou tentando com o máximo esforço meu e mínimo de todos os outros que me cercam, fazer com que as meninas sejam menos barulhentas. Falo baixo na maior parte do tempo. Toda hora peço a Lia "calma, filha, fala baixo". Deixo a tv nos volumes mais baixos.

Falta-me, porém, coragem para pedir à minha super ajudante domiciliar. E ela falta alto pra caramba. Fala tão alto que, toda manhã, ela fica com a criança que acordar primeiro brincando na sala e eu fico com a que está dormindo na área íntima. Entre nós tem uma distância razoável, e tem a porta do corredor e a porta do quarto de quem quer que seja. E eu a ouço. Não ouço lá ao longe não. Ouço em alto e bom tom. Como fazer então para que ela embarque na minha idéia de falar baixo? Principalmente, falar baixo com as crianças?

Meu marido também fala alto. Fala alto como um descendente de italiano e espanhol deveria falar. A altura que ele fala, muitas vezes, já foi mal interpretada por mim como se ele estivesse brigando, quando estava apenas falando.

E assim, nesse mar de barulho, me vejo perdendo a batalha antes mesmo de começar.

E eu que só queria um pouquinho de silêncio...