Lilypie Third Birthday tickers

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Dia das mães

Ontem teve a "festinha" de Dia das Mães na escola da Lia. A minha primeira comemoração de dia das mães como mãe na escola! E eu estava super curiosa para ver o que a minha pequena iria aprontar.

Foi uma celebração simples, bem mais imples do que eu havia imaginado, mas há de ficar na minha lembrança para sempre. A contadora de histórias da escola (sim, tem uma moça contratada só p contar histórias para as crianças - deve ser formada em Teatro pq tb representa) contou uma história do Rubem Alves, a História da Sementinha, enquanto estávamos todas as mães e seus filhos em uma roda, sentadas sobre corações colados ao chão.Claro q a grande maioria dos alunos, os meninos (são 9 meninos e 3 meninas) não parou quieta um segundo, brincando no meio da roda. Mas ainda assim a tia contadora de histórias conseguiu prender a atenção das mães.

Depois fomos servidas de docinhos de leite Ninho preparado pelas crianças, que têm aula de culinária toda semana (na Páscoa ganhamos bolo de cenoura com chocolate, bem gostoso!). E no fim fomos presenteadas com uma sacola sustentável (daquelas que se leva para o supermercado p não usar sacolas plásticas) com uma imagem pintada pelo seu filho, um chaveiro com uma foto do pequeno na escola e um desenho em papel onde eles desenharam a mamãe - eu saí linda, linda, linda! Hahaha


Foi uma graça! Talvez eu tenha imaginado a Lia dançando, pulando, fazendo caretas, maaas, eu não me dei conta de que a minha filha não tem nem 2 anos, né gente? Mesmo ela não tendo efetivamente participado do momento da festa, foi legal porque estávamos eu e ela, ela e eu, curtindo um momento na escola juntas!

E talvez eu tenha que trabalhar essa minha expectativa de vê-la dançando, pulando, fazendo caretas porque, ao que tudo indica, sou mãe de uma mocinha beeeeem tímida! Eu nunca tinha percebido isso pq em casa, ou na casa dos meus pais, dos meus sogros, dos meus cunhados, a Lia fica super bem, tranquila, brincando, correndo, rindo. Mas parece que ela só fica assim com pessoas conhecidas, na escola, com outros pais presentes, a coisa é bem diferente! Na festinha no Natal ano passado ela já tinha travado (não chacoalhou os chocalhos como deveria e virou uma estátua) e ontem a mesma coisa. Grudou em mim de tal forma que parecia que as outras crianças iriam engoli-la.

Pensando bem, quando vamos usar o elevador do prédio e já tem gente dentro ela trava na porta, não quer entrar de jeito nenhum e, na maioria das vezes entra e fica de cabeça baixa. Raros são os momentos em que ela responde ou brinca com os vizinhos, mesmo que a mamãe insista.

Minha cabecinha já foi longe, pensando que tenho que colocá-la em uma aula de teatro e em um esporte para que ela desenvolva seu lado social, claro. Mas minha cabecinha tem também que pensar nos limites da minha filhota, que talvez ela prefira ter intimidade antes de se abrir, que talvez ela seja bem diferente da mamãe macaca de auditório. Ficarei de olho. Nela e em mim.

Sono, doce sono

Por muitos e muitos meses uma pequena moça dormiu na minha cama. Éramos 3. E estávamos apertados. Acordávamos com chutes, cabeçadas, tapas, cabelos puxados. E as noites raramente eram bem dormidas. Por muitos e muitos meses eu sonhei com o fim desse embate. Mas poucas atitudes tomei a respeito. Sou ré confessa. Não tenho problemas em assumir a minha máxima culpa na preguiça de treinar a minha filha mais velha para dormir no seu quarto, na sua cama. De certa forma eu até curtia tê-la conosco.

Tentei algumas vezes. Poucas vezes. Tentei com remedinho fitoterápico. Tentei com dramin. Tentei dormindo c ela no quarto por umas noites e depois deixando-a sozinha. Tentei de diversas maneiras. Comprei livros. Pesquisei na internet. Mas nada, nada funcionava.

Na noite de terça para quarta eu surtei. Surtei. Já não dormia sozinha com o meu marido na cama há muito tempo (salvo as noites em que meus pais dormiam aqui e faziam companhia à Lia no quarto dela). Estávamos na fase em que um dormia com a Lia na cama de casal e o outro dormia no colchão no chão. E isso não é vida. Não é vida de casal, concordam?

Então acordei na quarta com a certeza de que nesta semana a pequenina seria treinada a dormir sozinha. Ficava me perguntando que métodos usaria, pensei em começar com uma leve sedação, em passar umas noites com ela no quarto, depois passar para a técnica de deixá-la chorar lá sozinha por alguns minutos. Juro. Sabia que seria complicado, mas mesmo assim estava disposta a tentar.

Foi então que a vovó Nina teve a sua idéia mais brilhante em meses, talvez anos! Não que as idéias dela não costumem ser brilhantes, mas como essa salvou a pátria, foi eleita a melhor de todos os tempos! (Eleita, pelo menos, por mim e por meu maridão)

Resumindo, deito-me com a Lia todas as noites, ela na cama dela e eu na cama extra. Deito-me virada para a parede, de costas p ela, sob o edredom. Ela então só vê meu volume corporal e meus cabelos. Fico contando histórias até que ela durma, com o abajur aceso. Em seguida saio da cama (ao nosso ver), mas não saio (do ponto de vista da Lia). Como? Coloco almofadas representando meu volume corporal e um pano preto embolado representando meu cabelo. E fico ali, representada por este monte de coisas.


E funcionou!!!! Já foram duas maravilhosas noites assim! DUAS! E tenho esperanças q continuemos progredindo. Um dia terei coragem de testar uma noite sem a minha representação, mas até lá quero estar descansada para talvez ter que acodir a minha mais velha no meio da noite!

E sim, eu sei que, no fundo, ela não está sendo acostumada a dormir sozinha, mas por enquanto, é o melhor que eu consigo fazer. Quem sabe um dia não coloco as duas irmãs dormindo juntas e fazendo companhia uma à outra?

Pediatra

Esses dias vi uma reportagem sobre a falta de pediatras no Brasil. Eu não sabia que a crise era tamanha, mas já havia suspeitado da diminuta quantidade de médicos desta especialidade pela dificuldade que encontro sempre que preciso mudar de pediatra das meninas.

Não que eu tenha mudado muito, mas já visitei alguns. Tenho um pediatra de confiança em São Paulo. Ótimo, certeiro, tranquilo, me dá segurança. Mas é particular e já gastei fortunas com ele, por isso procurei uns do convênio enquanto morava lá. E foi uma busca complicada. Fui a um q sequer pesou ou mediu a Lia, ficou com a gente por 5 minutos. Mas achei um que era legal tb. O problema é que, como médico de convênio, a consulta é mais rápida, menos bate papo. Mas dava certo.

Mudei pra Bauru e tb tive alguns percalços. Na primeira vez q a Lia ficou doente eu não tinha nenhum pediatra aqui, e levei numa que, como é médica de UTI, deve ter achado que a tosse da Lia era besteira e deu um xaropinho fraco (que depois descobri que o médico de confiança de São Paulo só indica para  filhos de mães neuróticas, para fingir que está medicando, já que o remédio não faz efeito - será que a médica daqui me achou neurótica?). Tanto não funcionou que ela piorou. Precisei levá-la às pressas à outra cidade para um pediatra do trabalho do marido. Continuou piorando. Aí fomos para uma cidade ainda mais longe para o pediatra q atende meus sobrinhos.

Nesse meio tempo levamos ao hospital, na emergência, e internaram-na com pneumonia. Foi uma internação caótica. Furaram 9 (NOVE) vezes a Lia e não conseguiram pegar veia nenhuma. Ela então ficou sem remédio intravenoso. Internaram-na e só demos gatorade. Só. E ela foi liberada no dia seguinte sem uma segunda visita da pediatra.

E eu continuava sem pediatra até que precisei levá-la ao hospital por outra doencinha e fui atendida por um japinha super do bem. Adorei. Tranquilo, firme. Decidi que queria que ele participasse do parto da Marina e fosse pediatra das duas. E assim foi. Ele foi excelente no parto. Calmo, seguro. E essa foi a última vez que o vi. Ele nunca tem horário e ele jamais retornou qualquer ligação que fizemos a ele.

Agora vamos a uma pediatra "porreta". É famosa por não ser um doce de pessoa, mas é muito muito boa. Estou adorando, ela fala o que tem que ser dito, não tem embromação, é segura, firme e carinhosa com as meninas. Comigo? Até que ela é melhor do que eu esperava! Na quinta teremos outra consulta, espero que continuemos felizes com a escolha!

P.S.: Até lá já deixei um recadinho pra ela me retornar pq a Marina está com uma tosse de cachorro.

Aprontando

A Lia está numa fase deliciosa, de descobertas, gracinhas e imaginação. Ela se passa por neném quando senta no bebê conforto da Marina, quando se enrola na mantinha da irmãzinha ou quando chupa a chupeta da pequenina. Ela se passa por bailarina, por pinguim, por amiga do Patati Patatá. Ela faz cara de brava, mostra os dentes, sorri, faz de tudo um pouco. E eu babo. Babo até não poder mais.

Ela gosta muito de cuidar da irmãzinha. Hoje, por exemplo, estávamos deitadas na minha cama, vi que ela estava acordando e fingi ainda estar dormindo. A Marina estava no bercinho ao lado choramingando por conta de cólicas do nariz entupido, ela soltava pum e fungava. De repente a Lia me cutuca e fala "Mamãe, neném! Mamãe, neném!". Abri os olhos e perguntei "por que a neném estaá chorando?" e ela "Cocô, cocô"! Hahaha

No sábado foi a vez dela alimentar a irmãzinha. Ela ganhou um brigadeiro de colher e estava se aventurando no pote, mais brincando do que comendo já que ela não é muito fã de chocolate. De repente ela chegou perto do carrinho onde a Marina estava dormindo e, em questão de milésimos de segundos, enfiou a colher na direção da boca da pequena! Nós só pudemos rir e correr para limpar a Marina antes que passasse o brigadeiro pra mão e depois pra boca (chegou à mão antes do pano chegar!).

Então, cada dia é uma descoberta, uma alegria, uma arte aprendida. Ela adora pular sobre os sofás ou sobre a cama. Ela adora enifar-se sob as cadeiras da sala ou da cozinha. Ela adora jogar água pra todo lado quando encontra uma torneira, um chuveiro, um balde a seu alcance. E, de verdade, eu até tento chamar a atenção (e várias vezes surte efeito), mas que eu dou boas risadas escondida dela, isso eu dou!

Abaixo a Lia bancando a neném da casa, dividindo o brigadeiro com a irmã e se aventurando no sofá!