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Notícias de mim

Há muitas semanas noto que não estou bem, nada bem. Seja no humor, seja no ânimo, seja fisicamente. Estou, constantemente, pregada. Não tenho vontade de fazer nada. Não quero nada. Não quero nem comprar nada - o que resume bem meu estado de espírito. Há muitas semanas eu me sinto mal e, a cada dia, pior. Já surtei algumas vezes, em sua grande maioria perante um marido paciente, compreensivo, carinhoso. Surtei durante o dia, à noite ou, ainda, de madrugada. E sempre pregada. Muito pregada.

A culpa me consome. Acho que sou uma mãe incapaz. Uma mãe pior. Uma mulher horrível para um marido que merece uma mulher melhor. Acho que não faço nada direito. Não coloco a casa em ordem, não dou conta de cuidar de duas crianças muito boazinhas. Muito. Acho sempre que eu estou errada. Que eu sou péssima. Que qualquer uma faria melhor que eu.

Há poucas semanas, depois de alguma insistência alheia, resolvi investigar. Agendei uma endocinologista, já que notamos a tireóide avantajada. E lá fui eu. Fiz exame de sangue e ultrassonografia. Agendei um neuro e estou com um pedido de tomografia em mãos. O próximo passo era marcar um psiquiatra. Hoje foi o dia de levar o resultado dos exames à dra. endócrino.

Além de colesterol péssimo, altíssimo, à beira da morte, o que mais preocupa é o TSH, hormônio da tireóide. Muito mal controlado por mim o maldito foi às alturas. O que era para ser, no máximo, 4, está em 67. E isso é muito, muito ruim. Segundo a médica, ela tem pacientes que com o TSH em 30 ela tem que fazer visita em casa porque a pessoa não sai da cama. Com 67 eu deveria estar em depressão profunda. Sério. Ela, inclusive, chamou-me de heroína, que ela poderia até repetir isso para o marido, se eu quisesse.

Ela diz que eu deveria ter sintomas gritantes e eu não os tenho. Tenho alguns. Tenho intestino mais preso, colesterol mais alto (tá vendo, não é só a comilança) e o cansaço. Mas nada que me deixe de cama. Ou, pelo menos, eu não me deixava ficar na cama, mesmo querendo. Agora medicada espero melhorar. Melhorar o humor, o ânimo, a paciência. Espero melhorar para todos a meu redor, mas especialmente para mim, que deixei de curtir da melhor forma alguns meses da minha vida.

As notícias são péssimas, mas são um alívio. Um alívio para essa mãe que achava que todo o cansaço era devido ao trabalho que as duas pequenas davam, ao pouco sono que eu me dava ao luxo de ter. Um alívio para alguém que pensou, inclusive, que estava com depressão pós-parto, que chorava quando não precisava, que brigava por qualquer coisinha. E, no fim, o que eu achava que me deixava morta é o que me deixa viva. Segundo a dra, se eu não tivesse as duas para dar conta, para cuidar, para ocupar a cabeça, eu já estaria na cama há muito tempo, já teria me deixado levar pela depressão. As duas não me cansam, as duas me dão sobrevida.

P.S.: Eu sempre soube disso. Sempre soube que elas são o meu combustível. Minha vida. 

Um comentário:

  1. Ohhhh minha amiga!!! To paaaassaaada de saber que as coisas estavam assim tão graves e vc sempre FORTE não tinha falado, pelo menos não para mim. Quem te vê sinceramente não diz que vc está com esse PROBLEMÃO, mas como vc mesma fala, PROBLEMA A GENTE RESOLVE, NÉ? E vc é UMA GUERREIRA! Vou te mandar um e-mail com mais coisas que quero te falar, ok? TE AMO e sim essas pequenas ai são uma grande força na sua vida!

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