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Indefinição

Até agora não defini o que quero da vida. Não definir o que se quer da vida pode ser muito dramático para a questão, mas não defini o que quero para mim para o próximo ano e isso tem me consumido. O que eu fizer no próximo ano pode refletir em uma conquista para muitos anos já que o plano era abrir uma loja. Mas tenho adiado este plano cada vez mais. E tenho tido muitas dúvidas.

Penso também em dar aulas de inglês. Nada muito atribulado, talvez ocupar 3 ou 4hs do meu dia, só para não ficar sem fazer nada à tarde já que eu quero que as duas pequenas estejam na escola em 2012.

Agora por que não abrir a loja e ir dar aulas de inglês?

Abrir a loja, agora, consumiria enorme tempo e dinheiro. Enorme. E eu não estou muito disposta a doar tudo isso para um projeto que ainda não sei ao certo a cara que tem. Não quero deixar de curtir as minhas filhas quando, felizmente, posso me dar ao luxo de ficar com elas todas as manhãs, dar almoço, levar e buscar na escola. Não quero deixar de curtir meus finais de semana e viajar sempre que dá por ter que ficar na loja. E investir uma fortuna sem ter certeza do que quero é jogar dinheiro fora.

Já dar aulas de inglês pode ocupar minha cabeça E me dar um dinheirinho, ao menos, pra pagar empregada e supermercado. Assim sobraria mais dinheiro em casa para viajarmos mais e cometer uns pecadilhos consumistas.

Além disso, eu não sou ambiciosa. Em nenhum quesito, menos ainda profissionalmente. Eu quero é ter todo o tempo do mundo para as minhas filhas, quero é ser uma mãe presente, participativa. Quero ter tempo pra mim. E não preciso provar nada pra ninguém, então pra que me matar de trabalhar?

Acho trabalhar muito nobre, útil e necessário, não me levem a mal. Trabalhei por 15 anos sem parar. E sei que um dia voltarei, com prazer, à labuta. Mas se, (repito) felizmente, posso não trabalhar agora e ficar mais com as minhas filhas, assim pretendo continuar. É melhor para elas e, sem dúvida, muito melhor para mim.

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